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América, Movementos sociais — 8 Xaneiro, 2023 at 11:05 p.m.

Milhares de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro invadem o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal na capital Brasília

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As cenas em Brasília lembram os eventos do Capitólio dos Estados Unidos em 6 de janeiro, dous anos atrás – e também há conexões mais profundas.Lula, que está em viagem oficial ao estado de São Paulo, chamou de “atos de vândalos e fascistas” e prometeu punir os responsáveis.Bolsonaro, que está nos EUA, perdeu a eleição presidencial em.oitubro para o veterano de esquerda Luiz Inácio Lula da Silva.

O que está acontecendo na TV no Brasil?

A CNN Brasil está exibindo imagens ao vivo da polícia detendo dezenas de manifestantes em suas camisas amarelas do lado de fora do Palácio Presidencial. O prédio parece estar limpo e agora sob controle.A polícia está levando dezenas de manifestantes presos para dentro de ônibus e a tropa de choque está vigiando o palácio.
O presidente dixo que eles seriam encontrados e punidos “com toda a força da lei” e afirmou repetidamente que “esses fanáticos fizeram algo que nunca foi feito neste país”.

O ex-presidente Donald Trump e alguns dos seus principais aliados que espalharam rumores de fraude eleitoral e desinformação sobre a eleição de 2020 nos EUA têm laços com o campo de Bolsonaro.Lula culpa forças de segurança, que falou na última hora sobre o atentado. Dixo que houvo “incompetência, má-fé ou dolo” por parte das forças de segurança do Distrito Federal (DF) de Brasília.

“Houvo, eu diria, incompetência, má vontade ou má-fé por parte das pessoas que cuidam da segurança pública no DF. Não é a primeira vez. Vão ver nas imagens que [policiais] estão orientando as pessoas na caminhada até a Praça dos Três Poderes”, dixo o presidente.

“Vamos apurar quem são os financiadores desses vândalos que foram a Brasília e todos vão pagar com força de lei”, acrescentou.

O filho de Bolsonaro, Eduardo, conheceu Trump em novembro e também conversou com os conselheiros de Trump, Jason Miller e Stephen Bannon, segundo reportagens do Washington Post.e outros meios de comunicação.

Bannon dedicou vários episódios de seu podcast a denúncias de fraude eleitoral e promoveu a hashtag #BrazilianSpring, uma aparente tentativa de encorajar uma mobilização em massa contra o presidente Lula.

Na rede os apoiadores de Bolsonaro estão reclamando de uma crise existencial nacional e de uma suposta “tomada comunista” – exatamente o mesmo tipo de retórica que impulsionou os manifestantes em Washington há dois anos.

No Telegram e na rede Truth Social de Trump, um dos principais organizadores da campanha pró-Trump “Stop the Steal” tem encorajado as multidões, escrevendo: “Faça o que for necessário!”.

O que os manifestantes linha-dura querem mais do que tudo é Lula de volta à prisão, não no palácio presidencial.É o medo do comunismo e a visão incorreta de que Lula é um comunista que está alimentando sua raiva mais do que tudo.Jair Bolsonaro foi o veículo dessa raiva – ele foi a pessoa que destituiu Lula.Mas ele tem estado moi quieto desde a derrota (mesmo voando para a Flórida para evitar a posse) – e mesmo ele não tem sido tão linha-dura quanto aqueles que o apoiam.Algumas pessoas argumentam que Bolsonaro é irrelevante – é apenas o exército que pode salvar o Brasil.Este é um país onde o regime militar ainda é mooi aceitável entre uma parte da população.
Após a vitória de Lula, os partidários de Bolsonaro criaram acampamentos em moitas cidades do Brasil, moitos deles fora dos quartéis militares – e isso porque seus partidários mais fervorosos querem que os militares intervenham e façam boas eleições que dizem ter sido roubadas.Parecia que o movimento tinha sido freado com a posse de Lula, os acampamentos de Brasília tinham sido desmantelados e não houvo tumulto no dia em que tomou posse.Mas o que está acontecendo em Brasília parece que eles voltaram para se vingar – e o problema só aumenta.

Lula pode ter vencido as eleições, mas foi uma vitória apertada – pouco mais da metade dos eleitores do Brasil queria Lula no poder – mas quase metade não o fez – e é com isso que Lula está lutando – um país profundamente dividido e polarizado que não quer deixar a democracia mostrar o caminho.

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