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COVID-19, Galiza, Movementos sociais, Política, Politica espanhola, Saúde — 27 Abril, 2020 at 10:41 a.m.

Mudar o mundo, recuperar a vida. O 15-M de volta às ruas

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Mulheres e homens vítimas de um sistema que saqueia a Saúde Pública paga com as contribuições de uma vida inteira de trabalho fazem uma modesta proposta para voltar ás ruas o 15-M

Caros amigos deste cômaro de nomadismo libertário.
Os dias passam e continuamos sem escrever a história que nos pertence. Temos a experiência adiada, confiscada, em prisão domiciliar, porque nos devemos a uma ordem e um comando aos quais julgamos justos e benéficos. Ajudamos nosso declínio como seres humanos racionais e afetivos. Conversamos, pensamos e até discordamos, mas continuamos à espreita da próxima tela que o poder nos reserva. Amarrado no nosso muro das lamentações. Enquanto o coro de sapos da devida obediência e servidão voluntária se espalhava pelas sombras impunemente. Portanto, e correndo o risco de cairmos em pontos de vista consensuais para a humanidade aflita, como a descrita no século XVIII por Jonathan Swift para seus compatriotas irlandeses diante da pandemia de fome que os dizimava, e para evitar a inércia da espiral de silêncio força que, como nessa história, a solução canibal acontece porque, de uma maneira ou de outra e sem sequer reclamar, nos devoramos em um perfeito regime de conformidade social.

 

Considerando:
Que os idosos são os principais bodes expiatórios do sistema atual.
Assim como ontem, o jovem sem futuro era aquele que, carregando uma mochila no ombro e sem << objeções anteriores >>, ocupava ruas e praças em metade do mundo gritando << eles não nos representam >> e << eles chamam de democracia e não é >>.
Que não existe << patologia anterior >> capaz de justificar o assalto à dignidade e liberdade de uma pessoa, relegando-a ao status de atormentada por medidas como << confinamento vertical >> e outras de uma raça xenofóbica e racista, nunca até agora visto na história recente.

Que o futuro traçado como cenário para o dia seguinte ao coronavírus é uma ilusão totalitária de exclusão, controle, biovigilância, dependência, exploração e outros mecanismos políticos, econômicos, sociais, culturais, ideológicos e de mídia de dominação.
Que não queremos voltar à normalidade passada porque ela era o problema, nem entrar nessa nova normalidade agravada que eles preparam para nós.

Declaramos:
Que nós, idosos com ou sem << patologias anteriores >>, os yayoflautas, os sobreviventes do confinamento nas residências da terceira idade, a resistência do distanciamento social, os ativistas das marés dos aposentados, todos nós fartos e fartos de estarmos fartos , apelamos a liderar uma desobediência civil ampla e orgulhosa que abra um momento constituinte capaz de culminar em uma nova Carta da Humanidade, dos Povos, das Pessoas e da Natureza para o século XXI, seguindo esse princípio de solidariedade e vida que nossos antepassados ​​enunciaram na luta fraterna: << a emancipação dos trabalhadores só pode ser obra dos próprios trabalhadores >> e << não há mais deveres sem direitos ou mais direitos sem y>.
Que o movimento que deseja espalhar essa agitação do novo condenado da Terra não tem numerus clausus, status quo ou rótulos. É livre e libertário, sem designação de origem.
Que a ânsia que nos ajuda buscar a solidariedade e conseqüente abraço de todas as pessoas que sentem o imperativo categórico de romper o apartheid projetado de cima para fabricar a última civilização das massas replicantes que dá continuidade ao sistema, alterando o que precisa ser mudado para que o essencial permaneza o mesmo.
Que, reconhecendo a existência de setores da população que, devido às suas circunstâncias e atributos especiais, tenham maior capacidade de iniciativa e mobilização (yayoflautas, pensionistas, coletes amarelos …), esperamos e desejamos que esta << proposta modesta >> atraia seu apoio e decisão colaboração na linha de frente.
Que nenhuma retirada ou retirada pode ser aplicada sem garantir os direitos e liberdades de toda a população, aproveitando muito menos as situações excepcionais decretadas para militarizar a sociedade civil, que é a verdadeira dona da verdadeira democracia.
Que, para defender a plena convivência de todos e num mundo mais justo, livre, solidário, eqüitativo e sustentável, estamos dispostos, se necessário, a preencher prisões, assumindo as consequências que nossas ações acarretam para a história e as gerações.

Propomos
Que sejam criados o maior número possível de Comitês Visíveis (em nível local, provincial, comunitário, nacional ou internacional) para coordenar autonomamente um amplo movimento de resistência e transformação social para caminhar em direção a esse momento constituinte decisivamente emancipatório.
Para esse fim, e como um elemento de ruptura com a resignação ambiental, apostando em uma abordagem social em afinidade relacional, e considerando que em quase todos os países as autoridades decidiram moderar as medidas de contenção no início da segunda semana do próximo mês:

CHAMAMOS AO 15 M PARA TODOS QUE SE SENTIRAM PROXIMOS COM ESTE MANIFESTO DE IREM ÀS RUAS E PRAÇAS DE SEUS LUGARES DE RESIDÊNCIA PARA DIZER << ADEUS A TUDO ISSO >>.

AS GRANDES HISTÓRIAS COMEÇAM A ESCREVER EM UMA FOLHA EM BRANCO!
NÃO SOMOS MERCADORIAS NAS MÃOS DE GOVERNOS OU PODEROSOS!

NUNCA MAIS TUDO ISSO!

 

(Com o senso de responsabilidade que nos motiva, cada Comitê Visível anunciará antecipadamente as medidas de profilaxia social que devem ser adotadas para proteger as pessoas provenientes de possíveis incidentes de saúde).

 

Local: a espontaneidade aqui e acolá, aquém e além da Porta do Sol (Madrid) e da Praça de Catalunha (Barcelona)

Hora: 19:30-20:00 (despedida com um grito silencioso)

 

 

 

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