Mulheres e homens vítimas de um sistema que saqueia a Saúde Pública paga com as contribuições de uma vida inteira de trabalho fazem uma modesta proposta para voltar ás ruas o 15-M
Caros amigos deste cômaro de nomadismo libertário.
Os dias passam e continuamos sem escrever a história que nos pertence. Temos a experiência adiada, confiscada, em prisão domiciliar, porque nos devemos a uma ordem e um comando aos quais julgamos justos e benéficos. Ajudamos nosso declínio como seres humanos racionais e afetivos. Conversamos, pensamos e até discordamos, mas continuamos à espreita da próxima tela que o poder nos reserva. Amarrado no nosso muro das lamentações. Enquanto o coro de sapos da devida obediência e servidão voluntária se espalhava pelas sombras impunemente. Portanto, e correndo o risco de cairmos em pontos de vista consensuais para a humanidade aflita, como a descrita no século XVIII por Jonathan Swift para seus compatriotas irlandeses diante da pandemia de fome que os dizimava, e para evitar a inércia da espiral de silêncio força que, como nessa história, a solução canibal acontece porque, de uma maneira ou de outra e sem sequer reclamar, nos devoramos em um perfeito regime de conformidade social.
Considerando: Que os idosos são os principais bodes expiatórios do sistema atual. Assim como ontem, o jovem sem futuro era aquele que, carregando uma mochila no ombro e sem << objeções anteriores >>, ocupava ruas e praças em metade do mundo gritando << eles não nos representam >> e << eles chamam de democracia e não é >>. Que não existe << patologia anterior >> capaz de justificar o assalto à dignidade e liberdade de uma pessoa, relegando-a ao status de atormentada por medidas como << confinamento vertical >> e outras de uma raça xenofóbica e racista, nunca até agora visto na história recente. Que o futuro traçado como cenário para o dia seguinte ao coronavírus é uma ilusão totalitária de exclusão, controle, biovigilância, dependência, exploração e outros mecanismos políticos, econômicos, sociais, culturais, ideológicos e de mídia de dominação. Declaramos: Propomos CHAMAMOS AO 15 M PARA TODOS QUE SE SENTIRAM PROXIMOS COM ESTE MANIFESTO DE IREM ÀS RUAS E PRAÇAS DE SEUS LUGARES DE RESIDÊNCIA PARA DIZER << ADEUS A TUDO ISSO >>. AS GRANDES HISTÓRIAS COMEÇAM A ESCREVER EM UMA FOLHA EM BRANCO! NUNCA MAIS TUDO ISSO! |
(Com o senso de responsabilidade que nos motiva, cada Comitê Visível anunciará antecipadamente as medidas de profilaxia social que devem ser adotadas para proteger as pessoas provenientes de possíveis incidentes de saúde).
Local: a espontaneidade aqui e acolá, aquém e além da Porta do Sol (Madrid) e da Praça de Catalunha (Barcelona)
Hora: 19:30-20:00 (despedida com um grito silencioso)
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Este 15-M volvemos a las calles. Cambiar el mundo, recuperar la vida – El Lokal https://t.co/mIW0UiNkKX pic.twitter.com/7zwCWDCktk
— El Lokal Raval (@el_lokal) April 27, 2020