off
Língua, Literatura, Obituário, Pensamento — 4 Febreiro, 2020 at 7:09 p.m.

George Steiner, influente crítico da cultura, morre aos 90 anos

by

O eminente crítico literário e ensaísta George Steiner, que explorou o poder e as limitações da linguagem e da cultura em uma série de livros extremamente influentes, morreu aos 90 anos.

Nascido em 1929 em Paris, filho de o vienenses, Steiner e sua família partiram para Nova York em 1940, pouco antes dos nazistas ocuparem a cidade. Ele foi um dos únicos dois alunos judeus em sua escola francesa a sobreviver ao Holocausto, e essa experiência marcou claramente seu trabalho futuro.
Steiner morreu em Cambridge, onde ele era um membro extraordinário do Churchill College desde 1969. Steiner falava quatro idiomas e era conhecido por seu amplo conhecimento da literatura européia, publicando mais de duas dúzias de livros de crítica literária em inglês sobre ampla gama de autores continentais. Em Tolstoi ou Dostoiévski (1960), analisou os dois mestres russos; em Language and Silence (1967), explorou as limitações da linguagem em responder a atrocidades e, em After Babel (1975), analisou linguagem e tradução.

A contribuição de George Steiner para o entendimento da relação entre literatura e sociedade foi imensa.Da sua novela de 1981, The Portage to San Cristobal of AH, que imagina que Hitler sobreviveu à segunda guerra mundial e vive nas profundezas da Amazônia, para Language and Silence, os livros de Steiner exploram o poder da linguagem, fazendo perguntas sobre a relação entre cultura e moralidade. Em Gramáticas da Criação, escreveu sobre o «espanto,mesmo ingênuo como de pode usar a fala humana para amar, construir, perdoar e também torturar, odiar, destruir e aniquilar».

“Sabemos agora que um homem pode ler Goethe ou Rilke à noite, que pode interpretar Bach e Schubert e ir para o trabalho em Auschwitz à manhà”, escreveu em Language and Silence.

En galego só temos “George Steiner en The New Yorker”  na versão de Lara Domínguez,Patricia Buján Otero e Saleta Fernández Fernández para Edicions Xerais.Entre os anos 1967 e 1997, George Steiner escribiu máis de cento cincuenta artigos para o semanario The New Yorker sobre unha grande variedade de cuestións, conseguindo achegar, non só a intelectuais con formación literaria, senón ao que se adoita chamar «o público xeral», libros novos e vellos, ideas complexas e temas inusuais. De entre todos eles, Steiner reuniu neste volume medio cento deles, unha auténtica colección de alfaias, que abordan boa parte dos principais problemas do ameazado futuro da cultura contemporánea.Artigos sorprendentes pola súa sinxeleza vivida e pola súa poderosa capacidade pedagóxica. Ensaios literarios caracterizados polo rigor e a sabedoría e comprometidos coa seriedade, mais tamén atravesados pola ironía e o humor, ferramentas coas que Steiner analiza con xenerosidade as obras de autores como Walter Benjamin, Lévi-Strauss, Cioran, Canetti, Beckett, Borges, Bertrand Russel, Brecht, Canetti, Celine, Kafka ou Chomsky.

Grazas por leres e colaborares no Ollaparo !

Este sitio emprega Akismet para reducir o spam. Aprende como se procesan os datos dos teus comentarios.

off