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Economía, Política, Portugal — 22 Xaneiro, 2018 at 8:44 a.m.

Apesar da queda do desemprego e do aumento do salário mínimo, Portugal perde habitantes e produtividade

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A taxa de desemprego cai aquém do nível pré-crise, mesmo assim, de acordo com os padrões da zona do euro, o país vizinho perde produtividade


O último ano registrou a pior figura na zona do euro. A taxa de desemprego non pára de cair e xa está na taxa precrise, oito pontos abaixo da espanhola. O governo socialista de António Costa não deixa de crescer em popularidade nas pesquisas depois de aumentar o salário mínimo em 14,8% e reduzir drasticamente o déficit. Ele fechou o ano em 1,3%, de acordo com dados provisórios, e no ano passado deixou a lista negra de Bruxelas, ao contrário da Espanha. Após o duro resgate de 2011 e o cumprimento das medidas de austeridade da Troika, Portugal cresceu há três anos e 2017 fez uma média de 2,5%, a melhor figura desde que entrou na zona euro. O último dado positivo foi o do desemprego, que já está em níveis em 2004, com 8,3% em novembro, enquanto no pico da crise, em janeiro de 2013, atingiu 17,9 %.

Por que Portugal alcançou o que parece impensável na Espanha, o desemprego abaixo de 10%? Porem, a criação de empregos está ligada a contratos que, principalmente, atingem apenas o salário mínimo: 580 euros por mês desde esse ano – em Espanha, o salário mínimo é de 736 euros. Na verdade, Portugal é o país da UE com um salário mínimo mais próximo do salário médio, de acordo com o Eurostat: entre 20% e 30% dos trabalhadores, os dados flutuam dependendo do cálculo, vivem em menos de 600 euros líquidos por mês. Os dados também são alarmantes em Espanha, embora os salários sejam, em média, mais altos o 47% dos trabalhadores espanhois não chegam a ser “mileuristas”, de acordo com um estudo publicado o 1 de maio pelo Sindicato de Técnicos do “Ministério de Hacienda”.

Ao contrário do que está a acontecer em Galiza e Portugal, na União Europeia (UE), a maior parte dos países ainda consegue ganhar população, graças à imigração. Alén do abrandamento da produtividade, como na Galiza, os motivos do declínio são o envelhecimento da população ( em 2017 houve mais 24 mil mortes do que nascimentos, o maior saldo negativo desde 2000), a forte emigração de desempregados, os baixos salários e a incapacidade de reter o talento. E ter filhos é decisão complexa em dois países em que os baixos rendimentos, o desemprego jovem, as questões da habitação e da precariedade laboral persistem.”Mesmo sem levar em consideração os fluxos migratórios, que têm sido sempre negativos nos últimos anos, e fazendo contas por alto, entre 2009 e 2016 [Portugal] perdeu quase 150 mil habitantes”, informa o jornal Publico.

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